Building a Better World for Our Daughters
Deolinda Sizoura.
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This year’s International Women’s Day theme is ‘Inspiring Inclusion,’ and for MCD’s Deolinda Sizoura, senior finance and operations officer for the U.S. President's Malaria Initiative (PMI) Malaria Capacity Strengthening (MCAPS) program in Mozambique, inspiring other women is a daily action.
"I'm the mother of five beautiful girls and that adds to the challenge of being a woman in my society. When you get home, you must take off your professional cape and become a wife and mother,” she said. “I'm building myself up as the model woman for my daughters to follow."
In African society, few women reach higher academic levels. For Deolinda, inspiring other women, means inspiring them to be independent and pursue their dreams. She believes that women should be recognized for their abilities and have access to the same opportunities as anyone else, regardless of gender.
When the family has little income, the priority of attending school goes to the boy rather than the girl who has to stay at home and do housework. I grew up watching my mother do informal labor, and I feel that, as a result, I'm part of the generation that learned to get out of our comfort zone and fight for our dreams despite adversity," she described. After spending part of her childhood in the impoverished village of Lugela in Mozambique, Deolinda and family moved to the city of Maputo, where her father was then posted to work. The dreams that once seemed distant suddenly became a reality.
"I arrived in Maputo without knowing how to speak our official language, Portuguese, and it took me some time to adapt to the habits, language, and so on,” she said. “I put on my first pair of shoes the day I boarded the plane for the first time on the way to Maputo. I clung to every opportunity I was given and gave it my all. I learned early on to always give my best whenever I'm given the chance, and that's been my motto."
Deolinda's two-decades-long journey has taken her to the point where she is now part of a team of more than 70 employees and managing PMI MCAPS operations in three provinces in Mozambique.
When she was 19 years old, Deolinda began her professional life as a receptionist. Since then, she pursued many opportunities that were all leading her to her current role. However, her journey was not without conflict. “I was born in an era of change in which women were already fighting for their independence and emancipation. During the ‘90s when I began my professional career, women had less decision-making power and were reprimanded if they made decisions that went against the norm. Divorce, single or out-of-wedlock pregnancies, living alone, and so on, were all frowned upon at the time,” she recounted.
About 30 years ago, Mozambique was facing an economic crisis, transitioning from communism to capitalism. During this time, she described families having little economic power, and that many women in her community, including her mother, resorted to informal labor and were maids or sold food on the streets to support their households.
“I learned that women are born capable of facing great challenges, regardless of their social level. Being born a woman is not a synonym of weakness, and it inspires us to fight for our space and create opportunities to develop our skills.”
“Like many women, the woman I admire the most is my mother,” she said. “I learned that women are born capable of facing great challenges, regardless of their social level. Being born a woman is not a synonym of weakness, and it inspires us to fight for our space and create opportunities to develop our skills.”
For the future, Deolinda hopes that her daughters can grow up in a society that is inspired by inclusion and accepts the value of women and what they bring to their communities.
“I would like the generations that follow us to be aware of the past and fight for a better future,” she said. “I also hope that in all religions and cultures there will be changes in favor of women, increasing their access to freedom of choice, education, health, and identity.”
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Em português
Construindo um Mundo Melhor para Nossas Filhas
Neste Dia Internacional da Mulher, o tema “Inspirar Inclusão” pode soar mais familiar do que se imagina. Para Deolinda Sizoura, oficial senior de finanças e operações do programa da Iniciativa do Presidente dos Estados Unidos (PMI) Fortalecimento da Capacidade de Resposta à Malária (MCAPS) em Moçambique liderado pela MCD, inspirar outras mulheres é um tema diário.
“Sou mãe de 5 lindas meninas e isso aumenta o desafio como mulher na minha sociedade, quando chegamos a casa temos que despir a capa de profissionais e nos tornarmos esposa e mãe. Estou a construir-me como a mulher modelo a ser seguido pelas minhas filhas.”
Para Deolinda, inspirar outras mulheres, especialmente no contexto da sociedade africana onde poucas mulheres alcançam níveis acadêmicos superiores, significa inspirá-las a serem independentes e ir atrás de seus sonhos. Incluir a mulher para ela, significa que a mulher deve ser reconhecida pelas suas capacidades, que tenha acesso às mesmas oportunidades que qualquer pessoa, independentemente do gênero.
“Eu cresci vendo a minha mãe fazendo trabalho informal, e sinto que como fruto, faço parte da geração que aprendeu a sair da nossa zona de conforto e lutar pelos nossos sonhos apesar das adversidades.”
Após passar parte da infância no paupérrimo vilarejo de Lugela, Deolinda foi levada por seu pai a cidade de Maputo e os sonhos que antes pareciam distantes agora se tornavam alcançáveis.
“Eu cheguei a Maputo sem saber falar a nossa lingua oficial e mais falada nas capitais levei algum tempo para me adaptar a nossos hábitos, lingua, etc. Apeguei-me a todas as oportunidades que me foram dadas e dei o meu melhor. Aprendi desde cedo a sempre dar o meu melhor sempre que me dão a oportunidade, e este tem sido o meu lema.”
Até chegar ao momento profissional gerenciando as operações do PMI MCAPS em três províncias e dentro de uma equipe de mais de 70 funcionários, Deolinda traçou uma longa caminhada de duas décadas.
Aos 19 anos, Deolinda iniciou sua vida profissional como recepcionista e após váriasque a ajudaram a se desenvolver profissionalmente, incluindo cargos de gestão e uma formação acadêmica como contabilista, ela reflete sobre os desafios encontrados como mulher e como profissional ao alongo dos anos até chegar ao momento atual:
Nasci numa era de mudança em que as mulheres já lutam pela sua independência e emancipação. Tornei-me adulta nos anos 90. As mulheres tinham menos poder de decisão e eram recriminadas caso tivessem decisões que iam contra os costumes. O divórcio, gravidez a solo ou fora do matrimônio, viver sozinha, enfim, eram atitudes mal vistas naquela época.
A primeira mulher que admiro é a minha mae, a semelhanca de muitas mulheres, numa epoca de crise economica no pais, na transicao do comunismo para o capitalista,cerca de 30 anos atras as familias tinham muito pouco poder economico e muitas das mulheres no meu meio eram domesticas, como forma de apoiar aos na economia do lar, masi basicamente a alimentacao do dia a dia abracaram o negocio informal que ajudou muitas familias, e ate hoje tem ajudado, com elas aprendi que mulher nasceu capaz de enfrentar grandes desafios não importando o seu nivel social.
A segunda mulher que admiro no meu país é a Luísa Diogo que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira Ministra do país e muitos outros cargos de liderança. A admiro pela inteligência e ela é inspiração para muitas mulheres.
Estes exemplos nos inspiram e nos ajudam a perceber que nascer mulher não é sinonemo de fraqueza. Inspira-nos a lutar pelos nosso espaco, criar oportunidades para desenvolver as nossas capacidades.
Eu desejo que as minhas filhas crescam numa sociedade que aceite o valor da mulher, e que elas tenham acesso a todas as oportunidades seguindo os principios de equidade. Gostaria que as geracoes que nos seguem sejam conscientes do passado e lutem para que o futuro seja melhor.
Tenho esperanca que em todas as religioes, e culturas haja mudancas a favor de pessoas, especialmente das mulheres, aumentando o acesso a liberdade de escolha, educacao, saude e identidade.